Investidores se prepararam para uma eleição apertada e arrastada nos EUA - Davos

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Investidores se prepararam para uma eleição apertada e arrastada nos EUA

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04 de November de 2020

Investidores se prepararam para uma eleição apertada e arrastada nos EUA

Cesta básica: o que você precisa saber hoje para ficar bem informado
Por Júlia Lewgoy, Valor Investe — São Paulo

Publicado originalmente no Valor Investe

Fique de olho

Os investidores se prepararam para uma eleição apertada nos Estados Unidos, com potencial para a disputa se arrastar, já que o resultado parecia depender de um punhado de Estados fundamentais que podem levar dias para chegar a uma contagem final. Os mercados balançaram durante a noite.

O presidente republicano Donald Trump assumiu a liderança sobre o rival democrata Joe Biden em Estados decisivos dos EUA. Perto de três da madrugada, Trump foi ao Twitter para anunciar “uma grande vitória”, sinalizando que pretende contestar judicialmente o resultado, ao afirmar que “querem roubar” a eleição.

O republicano, teve desempenho bem acima do projetado pelas pesquisas, mas a eleição não está definida. Falta a apuração de muitos votos por correspondência. Biden também se manifestou e não aceitou a derrota.

“Claramente, o mercado havia começado a precificar uma vitória de Biden nos últimos dias, com o sussurro sendo para um resultado claro. Certamente este não é o caso agora, com qualquer resultado provavelmente demorando dias para ser confirmado e com contestações legais esperadas”, escreveu o estrategista-chefe da AxiCorp, Stephen Innes.

O dia deve ser de volatilidade nos mercados financeiros, segundo Mauro Morelli, estrategista da Davos Investimentos. “Parece claro hoje que o melhor cenário, onde um dos candidatos teria uma vitória clara e indiscutível, não é o que está acontecendo. Ainda temos estados importantes que não definiram de maneira muito clara qual é o candidato vencedor”, afirma.

O Valor destaca hoje que, independentemente de quem vencer a eleição, a economia americana deverá passar por um período de turbulências nos próximos meses. Essa é a previsão de economistas americanos ouvidos ontem pelo jornal. Os riscos mais iminentes decorrem do agravamento da pandemia, algo provável, e de uma não reedição do pacote de estímulos às empresas e aos trabalhadores.

Bolsas internacionais
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira enquanto os investidores assistiam a apuração das eleições americanas.

O Nikkei, índice de referência da Bolsa de Tóquio, subiu 1,72%, depois do feriado no Japão ontem, enquanto o Kospi avançou 0,60%. Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,19%, e o Shenzen Composto subiu 0,31%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,21%.

As ações da Alibaba listadas em Hong Kong despencaram na quarta-feira, depois que a oferta pública inicial antecipada da afiliada Ant Group foi suspensa em meio a preocupações regulatórias. No fechamento do mercado na quarta-feira, as ações da Alibaba em Hong Kong despencaram 7,54%. A Alibaba possui uma participação de aproximadamente 33% no Ant Group.

As bolsas europeias sobem em meio à compra e venda de ações agitada, enquanto os investidores observam os resultados das eleições nos EUA.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam mistos nesta manhã. O Dow Jones e o S&P caem enquanto a eleição permanece indecisa, mas o Nasdaq salta perto de 2%.

Agenda
Enquanto os investidores acompanham de perto a apuração de votos nas eleições americanas, a agenda de indicadores desta quarta-feira traz os números de produtos industrial de setembro, às 9h.

A mediana de 25 projeções captadas pelo Valor Data com instituições financeiras e consultorias aponta para alta de 2,4% na produção industrial na passagem de agosto para setembro, feitos os ajustes sazonais. Já em relação a setembro do ano passado, a alta para 24 casas foi de 2,6%.

Lá fora, as atenções se voltam ainda para os dados de atividade econômica de PMI de serviços em diferentes países e para os números do mercado de trabalho da ADP nos Estados Unidos, às 10h15 (de Brasília).

Empresas
O IRB Brasil Re apresentou um prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões no terceiro trimestre, resultado 66,4% menor do que as perdas de R$ 685,1 milhões registradas no segundo trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o prejuízo líquido tinha sido de R$ 19,7 milhões.

A Petro Rio teve prejuízo líquido de R$ 110,6 milhões no 3º trimestre deste ano, um crescimento de 9,2% sobre a perda de R$ 101,2 milhões no mesmo período de 2019, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta terça-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos controladores.

A operadora TIM reportou lucro líquido de R$ 390 milhões no terceiro trimestre de 2020, o que representa queda de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme comunicado divulgado nesta noite. Em termos normalizados, o indicador recuou 20,6% no comparativo anual. A companhia destaca que após a incorporação reversa da TIM Participações pela TIM, “os números apresentados refletem as operações da TIM SA, segundo o ITR da companhia”.
(Com Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)

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